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Justiça anula leilão da mansão de Clodovil após compradora desistir de negócio

Imóvel em Ubatuba foi arrematado por R$ 750 mil no ano passado, mas compradora desistiu de negócio e pediu anulação.

Mansão que foi de Clodovil havia sido arrematada após duas tentativas frustradas — Foto: Carlos Santos/G1

A Justiça anulou o leilão da venda da mansão que pertenceu ao estilista Clodovil Hernandes, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A compradora de Campinas (SP), que havia arrematado o imóvel por R$ 750 mil em agosto de 2018, desistiu da aquisição e pediu a anulação do negócio.

O imóvel, em área de mata, com vista para o mar, tem 20 cômodos e já chegou a ser avaliado em R$ 1,6 milhão quando estava em boas condições, mas atualmente precisa de reformas. A mansão foi arrematada por uma empresária após duas tentativas frustradas.

Após o fim do leilão, a compradora pediu a anulação do processo e alegou que o edital não estava claro de que se tratava de uma "cessão de direitos e não um imóvel com domínio regular".

Como a mansão foi construída em área de Mata Atlântica, onde são proibidas edificações, não pode ser revendida ou expandida, por exemplo. Clodovil detinha apenas a permissão de uso do local, não a propriedade.

O leiloeiro, a representante legal do espólio de Clodovil, que é a advogada Maria Hebe Queiroz, e o Ministério Público se manifestaram no processo contrários à anulação.

A decisão que anula o leilão é do juiz Leonardo Aigner Ribeiro e foi publicada no sistema da Justiça na segunda-feira (11). O magistrado considerou que não houve má fé por parte da arrematante e que o termo "cessão de direitos" não é compreendido por todos.

"O edital não trouxe de forma clara a informação, embora a consulta do título aquisitivo estivesse à disposição dos interessados no site do leiloeiro, implicando o reconhecimento de erro escusável a justificar a anulação da arrematação", diz trecho da decisão.

Apesar de anular a venda, o juiz afirmou que a arrematante deve arcar com os custos da comissão do leiloeiro, que é de R$ 37,5 mil.

Clodovil Hernandes morreu em 2009 — Foto: José Cruz/Agência Brasil

Dívidas

O leilão foi autorizado pela Justiça para que o dinheiro arrecadado fosse usado para o pagamento de dívidas do estilista, morto há quase 10 anos. O destino do dinheiro, no entanto, ainda seria definido pela Justiça.

A escritura do imóvel, disponível no site do leiloeiro Lut, mostra que o terreno onde foi construída a mansão é do tipo 'cessão de direitos possessórios'.

A defesa da compradora, o advogado José de Araújo, foi procurado pelo G1 e informou que a cliente só vai se manifestar após publicação em Diário Oficial.

A representante legal do espólio de Clodovil, Maria Hebe, afirmou que está estudando medidas, mas deve informá-las apenas após a publicação da decisão.

Mansão que foi de Clodovil havia sido arrematada após duas tentativas frustradas. — Foto: Carlos Santos/ G1

Mansão que foi de Clodovil havia sido arrematada após duas tentativas frustradas. — Foto: Carlos Santos/ G1

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