top of page
  • G1 Vale do Paraíba e Região

Raia presa em rede é resgatada por pescadores em Ilhabela

Animal, ameaçado de extinção, foi encontrado na manhã de sábado (30) perto da praia do Bonete. Pescador entrou no mar para fazer o salvamento.

Raia é resgatada por pescadores em Ilhabela

Um vídeo gravado por pescadores mostra o resgate de uma raia-jamanta presa acidentalmente à uma rede de pesca no litoral norte de São Paulo. Tripulantes de uma embarcação encontraram o animal, que está na lista de ameaçados de extinção, na manhã do último sábado (30) em Ilhabela. (veja o vídeo)

Segundo o pescador Adriano Perna, que aparece no vídeo dentro do mar, foi preciso entrar na água para soltar a rede do corpo da raia - que é de uma das maiores espécies do mundo, podendo ultrapassar 8 metros e 2,3 mil quilos.

Especialistas que assistiram ao vídeo avaliam que a raia que foi resgatada tinha cerca de 4,5 metros de envergadura.

"Tentei tirar a raia da rede sem descer da embarcação, mas como ela era muito grande e pesada, não estava dando certo. Então decidi entrar no mar, para desenroscar. Foi rápido, levou cerca de cinco minutos", disse. A raia, que estava perto da praia do Bonete, não apresentava ferimentos.

Orientação

O oceanógrafo Hugo Gallo, do Instituto Argonauta, explicou que essa espécie de raia-gigante é comum na região nessa época do ano - ou seja, a presença dela é sazonal. Ela não tem ferrão.

"As raias são grandes, dóceis e não atacam, a menos que se sintam ameaçadas. Essa especificamente não tem ferrão, então não tem risco de provocar um ferimento mais grave em humanos. No entanto, como outras espécies podem ter, é arriscado estar na água de maneira tão próxima à elas, sem ter essa informação", disse. A raia-jamanta pode viver por mais de 40 anos.

O projeto Mobulas do Brasil, organização que atua na preservação da espécie, elogiou a ação dos pescadores. "Dessa espécie foi a primeira raia encontrada nessa temporada no litoral de São Paulo. Os pescadores tiveram papel fundamental no salvamento", afirmou o pesquisador Guilherme Kodja, coordenador do projeto. A entidade compartilhou o vídeo em uma página na rede social.

[ Charge ]_______________________________

Deixe aqui sua opinião de tema e comentários

Obrigado! Mensagem enviada.

bottom of page