- Eduardo Cesar
Empregados da Queiroz Galvão rejeitam proposta da empresa e entram em greve por tempo indeterminado
Trabalhadores atuam na duplicação da Rodovia dos Tamoios. Decisão foi tomada em assembleias realizadas ao longo da terça-feira (11).

Os empregados da construtora Queiroz Galvão, que trabalham nas obras de duplicação da Rodovia dos Tamoios, decidiram, em assembleias realizadas ao longo da terça-feira (11), entrar em greve por tempo indeterminado.
Esta decisão foi motivada pela rejeição à proposta apresentada pela Construtora, muito abaixo das reivindicações da categoria.
A empresa apresentou uma proposta de reajuste salarial de 4,5%, enquanto a pauta unificada da categoria, representada pelo Sintrapav-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, Infraestrutura e Afins do Estado de São Paulo) reivindica um aumento de 12,08%.
Outra proposta rejeitada pelos trabalhadores da Queiroz Galvão foi o valor do vale alimentação, de R$ 440, enquanto o pedido da categoria é de um benefício de R$ 600.
Esta greve faz parte do movimento reivindicatório organizado pelo Sintrapav-SP, em conjunto com os empregados das empresas do setor de Construção Pesada e Infraestrutura, e que tem por objetivo lutar pelos direitos dos trabalhadores da categoria, através de sua Pauta Unificada.
O Sintrapav-SP está tentando negociar um nova Convenção Coletiva de Trabalho, vigência 2019/2020, desde abril deste ano, porém o sindicato patronal não apresentou até o momento uma contraproposta que possa atender aos interesses e necessidades dos trabalhadores.
Dentre as propostas do sindicato patronal, não aceitas pelo Sintrapav-SP, está a rejeição de todas as cláusulas e garantias do julgamento do TRT/SP sobre o Dissídio Coletivo da categoria, a manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018, e um índice de reajuste salarial de 4%, muito abaixo do reivindicado pelo Sintrapav-SP (12,08%).
A proposta do sindicato patronal representa um grande retrocesso nas conquistas e direitos dos trabalhadores da categoria e por isso o Sintrapav-SP, em conjunto com os companheiros de classe, está organizando uma série de atividades reivindicatórias, tais como paralisações de advertência e possíveis greves em outras empresas do setor, para pressionar os patrões a voltarem à mesa de negociação e abrir os canais de diálogo para um acordo justo e que valorize o trabalhador da categoria.