- Fonte: Prefeitura de Caraguatatuba
Palestra sensibiliza pais de autistas, em Caraguatatuba
Capacitação serviu como uma troca de experiências familiares, vivência, além de cada um conhecer mais sobre a história do outro.

O que mais posso fazer pelo meu filho? Com este pensamento, diversos pais de autistas receberam orientação por meio da capacitação “Autismo, diferente é o mundo que queremos”, na manhã desta quinta-feira (04/07), no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi).
Segundo o secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Léo Macedo, a capacitação serviu como uma troca de experiências familiares, vivência, além de cada um conhecer mais sobre a história do outro.
O encontro direcionado pela palestrante Paloma Leal Rocha também contou com a presença de representantes do Grupo de Mães de Autistas de Caraguatatuba (GMAC) e seguiu como um bate-papo de mãe para mães, já que Paloma também tem um filho com autismo.
Para a palestrante, a dificuldade no dia a dia acontece com todo mundo, não é fácil, mas dedicando um pouco por dia, é possível ver e reconhecer a evolução da criança. “Todos são passíveis de evoluir e melhorar, e quanto mais cedo começar o estímulo, melhor”, explicou Paloma.
“Nós mães precisamos criar um vínculo com nossos filhos para adquirimos importância e vantagem. Programe atividades curtas: entre uma atividade e outra explore os lados e ambientes, de acordo com os estímulos; crianças autistas aprendem muito mais sobre o ambiente do que demonstram. Elas entendem muito mais do que a gente imagina”, acrescentou Paloma.
Mãe do Thomaz, Tarcila Nardi, conta que o filho está com 14 anos e só foi diagnosticado com autismo há um ano. “Dos cinco aos 13 anos meu filho recebeu diversos diagnósticos, a partir do momento que eu soube o que ele realmente tinha, foi um alívio, pois hoje sei como trabalhar com ele da maneira correta”, contou.
Tarcila ainda acrescentou que por meio da palestra pode observar diversos fatores que já praticava do seu jeito sem saber se era correto ou não, apenas pelo instinto materno de proteção. Ela disse que agora também pode incluir hábitos novos na rotina. “Ainda há muito que melhorar, mas só com a nossa dedicação, vamos poder desenvolvê-los. É um passo, uma vitória de cada vez”, concluiu.
Com o pensamento “o que mais posso fazer pelo meu filho?”, a palestrante destacou os seguintes tópicos: estar emocionalmente disponível; conectar-se à criança; desligar os celulares à noite para evitar distrações; ensiná-lo a dizer “olá” quando chegar e “tchau” quando sair; reconhecer e gerenciar suas frustrações e raiva; ensinar a agradecer, a reconhecer e pedir desculpas; seja modelo de tomada de decisões.
Com dedicação e carinho não é tão difícil cuidar de um filho com autismo. De qualquer forma, é importante não ter vergonha de pedir ajuda e nada melhor do que buscar a experiência de outros pais e profissionais que lidam com o autismo. Para isso, a Sepedi está à disposição para ajudar qualquer família com orientações e cuidados.