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  • G1 Vale do Paraíba e Região

Mulheres são presas em Ilhabela e Bragança Paulista em operação da PF sobre fraudes no Porto de Sant

Ex-chefe de gabinete do prefeito cassado de Ilhabela, Juliana Storti, foi um dos alvos da operação. Também foi presa a protética Fabiana Gilho, em Bragança Paulista.

Malotes de bens apreendidos na operação são levados à Polícia Federal — Foto: Veronica Gonzales/G1

Dois dos 21 mandados de prisão da operação da Polícia Federal (PF) para investigar supostas fraudes em licitações e contratos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foram cumpridos na manhã dessa quinta-feira (22) em Ilhabela e Bragança Paulista. A estatal, alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), opera na gestão do Porto de Santos.

Foram presas, em casa, nesta manhã, Juliana de Paula Louro Storti e Fabiana Gilho Alves de Almeida. A primeira é ex-chefe de gabinete do prefeito cassado de Ilhabela, Márcio Tenório; e concorreu à prefeitura na eleição em 2016. Ela tem um relacionamento afetivo com o ex-prefeito e atualmente não ocupa cargo público. A defesa dela afirmou que acredita que a prisão de Juliana é "um grande equívoco". (leia abaixo)

Já protética Fabiana Gilho foi presa em Bragança Paulista. A defesa dela nega envolvimento da mulher em qualquer ação criminosa. (leia abaixo)

Os imóveis das duas foram vasculhados para busca e apreensão de documentos e e eletrônicos, como computadores e celulares, além de documentos. Os mandados de prisão delas têm validade de cinco dias.

A ação desta quinta é a segunda etapa da operação, denominada Círculo Vicioso, e foi deflagrada com o aprofundamento das investigações e com a delação de um dos presos na fase inicial. Foram identificados mais dois contratos, que juntos passam de R$ 100 milhões, com indícios de fraude: um de segurança do porto e outro de fiscalização por drone. A suposta participação das duas mulheres no esquema não foi detalhada pela polícia.

Na decisão do juiz federal, do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, de Santos (SP), ele considera que as prisões e apreensões de material devem reforçar a investigação.

"Por certo a medida propugnada exsurge como único meio eficaz para a colheita de material que pode fornecer aprimorada avaliação dos graves fatos delituosos praticados pela organização criminosa investigada, no que toca à materialidade e autoria.

Polícia vasculhou a casa das mulheres alvo da operação de combate a fraudes em Santos — Foto: PF/Divulgação

Outro lado

Em nota o advogado da Fabiana, João Raposo, informou que ela nega o envolvimento dela com qualquer irregularidade e diz que suspeita que os documentos pessoais dela tenham sido usados sem o seu conhecimento para atos ilícitos. Reforçou ainda que ela trabalha como protética, nunca teve cargo público, nem conhece os demais citados na operação.

A defesa de Juliana Storti, o advogado Anthero Mendes, afirmou estar surpreso com a prisão e desconhecer o teor da denúncia contra a ex-servidora. "Ela nunca sequer pisou no Porto de Santos ou teve contato com qualquer questão ligada ao porto. Acredito que houve um grande equívoco no envolvimento dela nessa situação", disse.

As duas mulheres detidas foram levadas para a sede da Polícia Federal em Santos.

Outros mandados

Até a publicação desta reportagem, dos 21 mandados, apenas dois estavam em aberto. Além da prisão das duas mulheres na região, 19 mandados foram cumpridos em Santos (SP), Guarujá (SP), Serra Negra (SP), Duque de Caxias (RJ) e Fortaleza (CE).

A operação levou à prisão o deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), suspeito de ser um dos articuladores do esquema na Codesp e, segundo o Ministério Público Federal, recebeu R$ 1,6 milhão em propina.

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