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Rombo nas contas externas sobe 41% até outubro e já supera todo ano de 2018; investimento avança

Déficit na conta de transações correntes até outubro é de US$ 45,65 bilhões, o pior resultado em 4 anos. Investimentos estrangeiros diretos sobem 2,2%, para US$ 62 bilhões.

Déficit na conta de transações correntes até outubro é de US$ 45,65 bilhões, o pior resultado em 4 anos. Investimentos estrangeiros diretos sobem 2,2%, para US$ 62 bilhões.

As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 45,657 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. O aumento no rombo foi de 41% na comparação com o mesmo período de 2018, quando foi registrado um resultado negativo de US$ 32,372 bilhões.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC).

O déficit em transações correntes, um dos principais sobre o setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

O resultado parcial de 2019 já superou o déficit registrado em todo ano passado de US$ 41,540 bilhões. É o pior resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2015 – quando somou US$ 52,133 bilhões.

Nos dez primeiros meses de 2016, 2017 e 2018, respectivamente, o saldo ficou negativo em US$ 19,446 bilhões, US$ 9,334 bilhões e US$ 32,372 bilhões.

De acordo com o BC, a piora no rombo das contas externas na parcial deste ano se deve, principalmente, à piora do saldo positivo da balança comercial (menos US$ 14,34 bilhões na comparação com 2018), uma vez que os rombos nas contas de serviços e de rendas ficaram relativamente estáveis no período.

  • Somente em setembro, de acordo com informações oficiais, o rombo nas contas externas somou US$ 7,874 bilhões, contra US$ 1,964 bilhão no mesmo mês do ano passado.

  • Para todo ano de 2019, a expectativa do Banco Central é de um déficit em transações correntes de US$ 36,3 bilhões.

O Banco Central também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 62,126 bilhões de janeiro a outubro deste ano, com alta de 2,2% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 60,789 bilhões).

Com isso, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no acumulado deste ano (US$ 45,657 bilhões).

  • Somente em outubro, os investimentos estrangeiros na economia brasileira somaram US$ 6,815 bilhões, contra US$ 8,148 bilhões no mesmo mês do ano passado.

  • Para 2019, o Banco Central estima um ingresso de US$ 75 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

Em agosto, o Banco Central mudou a metodologia de cálculo dos números das contas externas e, por isso, revisou os valores registrados nos últimos anos.

De acordo com a instituição, a revisão reflete o uso de "novas fontes de dados para as transações entre residentes e não residentes realizadas diretamente no exterior – buscando suprir esta que é a mais importante lacuna de informações no balanço de pagamentos brasileiro –, além da melhoria de qualidade de fontes já existentes".

Por conta da alteração, o rombo na contas externas do ano de 2017 subiu de US$ 7,2 bilhões (estatística anterior) para US$ 15 bilhões. O déficit em transações correntes do ano passado foi revisado de US$ 15 bilhões para US$ 21,9 bilhões.

A revisão também afetou o resultado do ingresso de investimentos diretos na economia brasileira.

Em 2017, por exemplo, pela nova metodologia, os investimentos estrangeiros somaram US$ 68,9 bilhões, contra os US$ 70,3 bilhões informados anteriormente. No ano passado, foram de US$ 88,3 bilhões para US$ 76,8 bilhões.

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